Veja uma análise que mostra qual tipo de madeira é mais adequada para ser usada na construção de um telhado aparente ou mesmo no caso de madeira escondida.
Luis Ribeiro, profissional com ampla experiência em construção, reforma, compra e venda de imóveis. Saiba mais em sobre o site
Uma das questões mais comuns quando está construindo uma casa é se algo fica bom ou qual é a melhor forma, melhor produto, melhor método construtivo, etc. A construção de uma casa não é feita em escala, muito menos é feita baseada em modelos prontos e portanto cada coisa exige uma escolha, uma decisão.
No caso da construção do telhado é preciso escolher a forma que ele terá, como aparente ou embutido, por exemplo, o tipo de telha que será usado, o caimento e também qual madeira deverá atender melhor à necessidade daquele projeto.
Existem no mercado diversos tipos de madeira e cada um é destino para um determinado fim, desta forma não seria correto usar pinus como madeira do telhado pois ele irá envergar, como talvez não seja tão necessário usar uma madeira muito nobre.
Desta forma, acredito que a melhor opção seja um tipo intermediário como por exemplo a Cambará que não é uma madeira nobre, mas que atende bem a esta necessidade.
Quando falo em madeira nobre não estou me referindo apenas ao fato dela ser resistente ou não, mas também à possibilidade dela de apresentar um bom acabamento. Como no caso do telhado a madeira ficará escondida por debaixo das telhas, não há necessidade de ter uma aparência bonita e bem acabada.
Mas existem casos como em ranchos, cobertura de garagens, área de serviços ou lavandeira onde a madeira ficará exposta, já que normalmente nesses casos não há laje. Neste caso o ideal é usar uma madeira melhor como Garapeira que permite acabamento melhor quando aparelhada.
Peroba-rosa, Angelim vermelho e Cumaru também são consideradas boas para ser usadas em telhado. Lembrando apenas que o Angelim possui um cheiro muito forte e demanda certo tempo para diminuir.
Ao escolher a madeira para o telhado, é crucial considerar sua durabilidade e resistência a agentes externos, como insetos e umidade. Tratamentos preservativos podem prolongar a vida útil da madeira, tornando-a mais resistente a cupins e fungos. Por exemplo, o tratamento em autoclave é um método eficaz para aumentar a durabilidade da madeira.
Resumindo:
Com a crescente preocupação ambiental, é importante considerar a origem da madeira. Optar por madeiras certificadas, provenientes de manejo florestal sustentável, contribui para a preservação dos recursos naturais e reduz o impacto ambiental da construção.
É importante escolher madeiras de reflorestamento, com certificação FSC ou equivalente, para garantir a preservação do meio ambiente.
O uso de madeiras certificadas também contribui para a qualidade da construção, pois garantem que a madeira foi processada e armazenada de forma adequada.
Além da qualidade, o custo da madeira é um fator importante na escolha. Madeiras como o eucalipto tratado podem oferecer um bom equilíbrio entre custo e durabilidade, sendo uma alternativa econômica para estruturas de telhado.
Novos materiais e tecnologias podem oferecer alternativas à madeira tradicional. Por exemplo, madeiras engenheiradas, como o OSB (Oriented Strand Board) e vigas laminadas coladas, podem proporcionar maior resistência e estabilidade dimensional, além de serem opções sustentáveis.
Ao projetar o telhado, é essencial considerar aspectos técnicos como o espaçamento entre as tesouras e o dimensionamento das peças de madeira. Esses fatores influenciam diretamente a estabilidade e segurança da estrutura.
A manutenção regular do telhado é fundamental para garantir a longevidade da madeira. Inspeções periódicas e tratamentos preventivos contra umidade e insetos ajudam a preservar a integridade da estrutura.
A escolha da madeira para o telhado deve ser feita com base em uma análise cuidadosa de diversos fatores, incluindo resistência, durabilidade, custo, sustentabilidade e aspectos técnicos. Considerar esses elementos ajudará a garantir uma construção segura, econômica e ambientalmente responsável.